
Atriz Camila Santanioni fala sobre sua experiência como dublê de dança aérea

A atriz Camila Santanioni tem dividido seu tempo de ensaios, preparos técnicos e trabalhos atuando como dublê da atriz Juliana Lohmann na novela “Amor sem Igual” da Rede Record, dirigida por Rudi Lagemann. A jovem atriz, que também é bailarina conta sua experiência neste papel e fala da diferença de dança nos tecidos, em um espetáculo aberto e na frente das câmeras. Confira:
A dança aérea é uma técnica que mistura a linguagem do circo (aparelhos aéreos) e a dança contemporânea. E, Camila domina muito bem o tecido acrobático. Adepta da arte desde o ano 2013, Camila é apaixonada pela busca da fluidez e passos acrobáticos que a técnica exige. A atriz comenta que é preciso pensar nos passos quando você grava para as câmeras. “Tem o limite da câmera em função do seu enquadramento, então isso nos faz ter mais atenção aos movimentos. Estou amando a vivência com o elenco, levando minha arte para as gravações”, diz Camila.
Foi em uma temporada em Estocolmo trabalhando com uma cia de Circo, onde a atriz tomou gosto pelos aéreos. Quando voltou para o Brasil não parou mais. Agora, Camila comemora a oportunidade de fazer parte do elenco da novela, dançando nos tecidos. Ela conta que para se preparar para as gravações é preciso foco nos ensaios e nas coreografias, além de bastante atenção. Quando não está nas cenas, gosta de ver como os seus colegas trabalham nos bastidores para realizarem o que vemos no ar. Apesar da correria pra cumprir as metas, ela diz que o clima é de cumplicidade.
Camila se considera bastante resiliente por ter vindo do teatro e do circo, de acordo com a atriz, essas formações ensinam o artista a ter resiliência. Ela que já se apresentou na rua e em condições muito precárias, se alegra por estar em uma emissora de tv tão grande como Record e brinca que é uma mordomia, onde conta ser bem tratada e ter seu trabalho valorizado.
Sobre estar em cena nos tecidos, Camila diz que o público é parte importante no processo de criação. Ela gosta de ser vista pelo público. “Nós artistas nos sentimos incompletos quando a obra da qual fazemos parte não é compartilhada. Mas, tem um texto do Veríssimo que diz que os tímidos são os maiores exibicionistas, né?! Depois de ler concluí que sou”, comenta.
Camila é do tipo, multifacetada, uma artista completa, mas, não se considera completa ainda. Porém, acredita que é preciso ser curioso e estar sempre se reciclando e aprendendo coisas novas. Dentre suas paixões estão as danças africanas, faz ballet fitness, anda de skate, patins e ainda está praticando um esporte radical: o paraquedismo.
Com todos esses talentos, é no tecido que tem seu carinho especial. Quando viu uma moça fazendo práticas de tecido foi no show do Teatro Mágico, ela conta que até chorou. No início de suas aulas, percebeu que tinha facilidade, e o tecido poderia ser uma vocação.
“Aos que gostam de ampliar os talentos como eu, incentivo conhecer a pratica do tecido, mas claro, nem todo mundo tem aptidão, é importante se encontrar. Acho que todos devem dedicar um tempo a uma atividade que te transforme de alguma maneira e traga bem-estar. No início da prática nos tecidos eu sentia aquela dorzinha boa de exercícios em partes do meu corpo que eu nem sabia que existia. Fiquei muito definida, e com sono e alimentação regradas. Me faz muito bem! É muito bom fazer o que gostamos”, finaliza.